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segunda-feira, 19 de maio de 2008

RESENHA CRÍTICA - EDUCAÇÃO INFANTIL PÓS LDB: RUMOS E DESAFIOS

FACULDADE DE CIÊNCIA,TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO-FACITE
ELMA DOURADO NERY



RESENHA CRÍTICA
EDUCAÇÃO INFANTIL PÓS LDB: RUMOS E DESAFIOS


FARIA, Ana Lucia Goulart de. PALHARES, Marina Silveira. Educação Infantil pós LDB: rumos e desafios. 4ª Edição. Revisada e ampliada. Campinas, SP: Autores Associados – FE/Unicamp; São Carlos, SP: Editora da UFSCar; Florianópolis, SC: Editora da UFSC, 2003. – (Coleção polêmica do nosso tempo: 62)


Ana Lucia Goulart de Faria, possui graduação em Licenciatura Plena em Pedagogia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Org. Santamarense de Educação e Cultura (1973), mestrado em Educação pela Universidade Federal de São Carlos (1978) e doutorando em Educação pela Universidade de São Paulo (1994). Atualmente é docente da Universidade Estadual de Campinas, Membros de corpo editorial da Cadernos Pagu e Membro do corpo editorial da Pátio. Revista Pedagógica (Porto Alegre). Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Fundamentos da Educação. Atuando principalmente nos seguintes temas: Educação Infantil, Cultura Infantil, Crianças Pequenas.
Marina Silveira Palhares é professora doutora do Departamento de Terapia Ocupacional/UFSCar.
O livro Educação Infantil pós LDB: rumos e desafios é uma obra que retrata a indagação de muitos professores em relação à vida escolar das crianças de 0 a 5 anos e o destino da educação infantil em nosso país. Os autores enfocam as mudanças que vem ocorrendo no sistema escolar e nas políticas pública voltadas para educação infantil onde vem a tona uma série de questionamentos sobre métodos e procedimentos adotados pelo MEC na criação de referenciais curriculares para esta modalidade de ensino, assim o objetivo deste livro é fazer uma reflexão sobre a eficiência e funcionalidade destes documentos, abordando que na maioria das vezes são ineficientes para abarcar todas as necessidades da criança.
A obra esta divida em cinco capítulos que tem como critica principal o RCNEI (Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil) .
No primeiro capítulo intitulado “A Educação Infantil: uma questão para o debate” de Palhares e Martinez trata dicotomia ente educar-cuidar/educação-assistência quanto a formação do professor e preparação das famílias no entendimento entre ambas. Abordam também a questão do relacionamento dos professores e das crianças e da atuação da família nas creches e pré-escola, as autoras colocam ainda que o referencial que trata desta questão na traz s anseios dos mesmos e não atentou para as classes mais baixas pois como já se sabe os documentos educacionais na maioria são pensado para elite, não considerando as necessidades dos mesmos que perpassam pelas condições do ambiente como; adequação do espaço físico, formação de vinculo do educador e a rotatividade do profissional e baixa remuneração, os professores não conseguem se identificar como parte da proposta.
No segundo capítulo intitulado “A Produção Acadêmica na Área da Educação Infantil com Base na Analise de Pareceres sobre o Referencial Curricular nacional da Educação Infantil: primeiras aproximações” de Cerisara, traz a discussão do referencial na visão de técnicos e especialistas que atua na área e pelos mais variados órgãos uma diversidade de opiniões e diferentes olhares e a certeza de que muito ainda precisa de discutido e debatido sobre a aprovação deste documento pois a opiniões estavam bastante diversa não havendo um consenso. Os técnicos questionavam sobre o conteúdo do documento, uns pediam complementação e transformação, outros questionavam a linguagem que deveria ser mais clara, objetiva e direta para tornar a leitura menos cansativa e que alguns temos não eram claro para todos os que lessem. O aspecto de maior consenso e preocupação entre os pareceristas é de que os educadores não se esqueçam que a educação infantil não tem a mesma forma do ensino fundamental e que seu contexto deve ser de ensino e cuidado enquanto binômio indissociável, relata também sobre o lúdico na educação infantil. Outro aspecto foi a questão da remuneração e qualificação do professor para atuar na educação infantil.
No terceiro capítulo intitulado “A Educação Infantil e Currículo” de Kuhlmann, tratando da questão da modificação com base nos pareceres do RCNEI revisado, mas sem muita discussão. Traz também uma reflexão sobre as instituições de educação infantil e funções da educação infantil e aborda a caracterização da instituição infantil como lugar de cuidado-e-educação, adquire sentido quando segue a perspectiva de tomar a criança como ponto de partida para a formulação das propostas pedagógicas trazendo a tona o núcleo do trabalho pedagógico conseqüente coma criança pequena “Educá-la é algo integrado ao cuidá-la”. Incentivando as instituições a ter sua própria organização pedagógica da instituição e enfatiza a importância da formação profissional de quem ira educar essas crianças.
No quarto capítulo intitulado “O Espaço Físico um dos Elementos Fundamentais para uma Pedagogia da Educação Infantil” de Farias reflete a garantia dos direitos à educação das crianças de 0 a 6 anos em creches e pré-escolas e que garanta também melhores condições de vida para todas as crianças sem discriminação, mediante a diversidade cultural e a organização do espaço. Contudo este espaço não se resume à sua metragem fala-se do espaço da liberdade. Quando a autora aborda o Critério para atendimento em creches e pré-escolas que respeitem o direito individual indica a necessidade de repensar a organização espacial comumente adotada inspirada num único tipo de escola outros que nem sempre respeitam os quesitos imprescindíveis para a educação e o cuidado das crianças pequenas em espaços coletivos, que seriam necessários: o direito a infância, um ambiente educativo, o respeito aos direitos das crianças e otimização as condições e dos recursos materiais e humanos. O local de funcionamento também é de fundamental importância pois a criança precisa ter um local propicio que lhe permita correr e se integrar com outras crianças, precisa contemplar o convívio/conforto das crianças de várias idades.
No quinto capítulo intitulado “Os Profissionais da Educação Infantil e Nova Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional” de Nascimento discute o perfil dos professores contemplado na LDB e a incoerência com os documentos oficiais sobre educação infantil.
É um livro que traz uma profunda reflexão sobre as políticas públicas e documentos para os profissionais que atuam na Educação Infantil.
Para embasar seu estudo as autoras Ana Lucia Goulart de Faria e Marina Silveira Palhares traz textos de Cláudia Maria Simões Martinez, Ana beatriz Cerisara, Moysés Kuhlmann Jr. e Maria Evelyna Pompeu do Nascimento.
Numa abordagem clara e objetiva, as autoras fazem uma reflexão sobre os documentos dos especialistas do MEC, levando os leitores a refletir no contexto atual a realidade do meio educativo e os fatores para contribuição e interferem na prática do professores e que o mesmo não tem espaço para expor dificuldades, sugestões e criticas para os problemas da educação e se vê obrigado muitas vezes aceitar as receitas prontas dos “especialistas” da educação.
Esta obra é indicada para todos os profissionais da educação, é indicado também para os acadêmicos que desejam ingressar na área por fazer uma reflexão profunda do contexto que envolve o ambiente escolar, as políticas e relações dentro e fora na unidade escolar na elaboração dos documentos que regulam seu trabalho.

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